Maria (nome fictício), 45 anos, doméstica, viúva e mãe de 4 filhos iniciou o tratamento da tuberculose (TB) em Setembro de 2018, após várias tentativas sem sucesso que envolveram um Centro de Saúde e até curandeiros. Depois de receber várias visitas de um activista da Kenguelekezé, organização parceira da APOPO no rastreio e localização de pacientes com TB, Maria que já havia perdido a esperança de viver, foi convencida pelo activista a tentar mais uma vez. Ela foi novamente até ao hospital, acompanhada pelo activista, para fazer exames de TB e HIV. Ambos os testes foram positivos.
“Cheguei a pensar que esta doença [TB] podia ter sido causada por não ter realizado a prática dos ritos de purificação quando o meu esposo faleceu”, comentou Maria. Ela pensou em abandonar novamente o tratamento porque sentia que estava a piorar e os medicamentos davam tonturas e vómitos, mas o activista continuou com as visitas à casa da Maria, explicando à viúva tudo sobre os medicamentos, como reagem e que com o tempo os sintomas iriam passar. Um mês depois Maria sentiu melhoras, já tinha apetite, os vómitos passaram, caminhava no quintal e não ficava acamada por muito tempo.
A previsão para o fim do tratamento da Maria é Março de 2019 e graças ao activista da Kenguelekezé, ela conseguiu melhorar a sua vida e, inclusive, garantir um futuro melhor para os seus filhos.