Alina Ricardo, 57 anos, é uma das beneficiárias do PRODAZAV (2017-2019), um projecto financiado pela AGRA e implementado pela ADRA, através de um consórcio com mais outras 2 organizações em 7 distritos na Zambézia e 3 em Sofala. O projecto visa melhorar os meios de subsistência de pequenos agricultores no Vale do Zambeze.
Alina vive na comunidade de Cugune (Mocuba, Zambézia), é viúva e tem 3 filhos (todos frequentam a escola). Ela produz uma ampla variedade de culturas como: milho, guandu, mandioca, amendoim, entre outros. Quando o seu marido morreu, em 2013, ela culturas em uma fazenda familiar de não mais de 1 hectare. Com a responsabilidade de cuidar de três filhos e sobrinhos, Alina decidiu fazer a diferença dentro de sua comunidade.
Em 2015, Alina tornou-se membro da associação Ghofo Canjiu, uma das organizações de agricultores apoiadas pela ADRA, onde aprendeu novas técnicas.
O sistema de conservação que ela utilizava em sua casa era o tradicional, expondo a colheita a alto risco e com alto nível de perdas, como resultado da umidade e pragas no armazenamento.
“Depois de ingressas na associação, tive a chance de armazenar a produção por um longo período em um armazém e esperar a alta do preço no mercado. Por isso, consegui ganhar mais dinheiro e investir mais na minha fazenda”.
Na última estação agrícola, ela aumentou o tamanho da fazendo para 5 hectares, produzindo uma diversidade de culturas, com prioridade para o milho e guandu (60% da fazenda).
“Essa mudança no plano de produção foi resultado do conhecimento adquirido na associação e treinamento oferecido pelos técnicos da ADRA”, afirmou Alina.
“Essa é uma grande conquista que marcou a minha vida. Antes eu estava vendendo individualmente em latas ou bacias, não conseguia um bom dinheiro e nem sequer produzir o suficiente”.
Com o dinheiro das vendas, Alina comprou material escolar para os filhos e sobrinhos e investiu na preparação da terra. Ela ainda está aprendendo novas práticas agrícolas e técnicas pós-colheita, seu plano é ter um armazenamento melhorado em sua fazenda, que garantirá estoques para segurança alimentar e vendas futuras.
“Até agora estou feliz com a iniciativa do projecto, uma vez que me ajuda a melhorar a aprendizagem de técnicas de perdas pós-colheita, acesso a informações no mercado e a facilitação de vendas conjuntas por meio da associação, mas ao mesmo tempo, estou um pouco preocupada com os ladrões que estão vindo para a minha casa à procura de mercadorias”, disse ela.