Ilídio nasceu num país onde as oportunidades para as crianças com deficiência são muito limitadas. Durante um longo período, ele ficava em casa com a sua mãe, ou então sozinho.
Quando as activistas de campo conheceram o Ilídio, ele não podia deslocar-se e nem falar. Isabel, a sua mãe, trabalhava arduamente para cuidar da sua pequena família. A criar sozinha o Ilídio desde bebé, Isabel não tinha sequer possibilidades de comprar um bilhete de transporte para levá-lo ao centro de reabilitação.
Ao falar com as activistas, pela primeira vez, Isabel sentiu-se compreendida. A sua pequena família não estava só. De seguida, as activistas organizaram a visita de um fisioterapeuta à casa, para demonstrar a Isabel como fazer exercícios com Ilídio. Eles sentiram-se mais felizes ainda. Graças à terapia, Ilídio conseguiu balbuciar as suas primeiras palavras. De repente, havia esperança. Hoje, Ilídio e Isabel sentem-se seguros e confiantes.
À medida que Ilídio fazia mais e mais progressos em casa, ele expressou o desejo de estar com outras crianças da sua idade. Em seguida, as activistas visitaram a escola local e asseguraram-se que Ilídio podia ingressar, apesar da sua idade avançada. As activistas conversaram com os professores e alunos sobre como dar apoio ao Ilídio na sala de aula e ter certeza do seu envolvimento na vida escolar, tal como as outras crianças. E funcionou!
Desde que iniciou a escola, Ilídio tem feito cada vez mais progressos. Ele agora fala Português e Changana. Graças à terapia, Ilídio pode ler e até mesmo escrever. Ilídio desloca-se sozinho com o seu andarilho e, para distâncias mais longas, usa uma cadeira de rodas. Aprender numa sala de aulas e brincar com os seus amigos, ajudou-lhe crescer e a florescer. O seu sonho é um dia conduzir o seu próprio carro. E por que não?
As activistas fazem visitas regulares a Ilídio e Isabel. Também fazem contactos com a escola e com o fisioterapeuta, para certificarem-se que, o Ilídio tem o apoio necessário à medida que cresce.
Fonte: UNICEF Moçambique